terça-feira, agosto 16, 2011

1 ano ...

Desde o momento em que respiramos pela primeira vez no mundo que tudo se constrói à nossa volta.
Corremos com objectivos, a favor do vento, da vontade, procurando o prazer quase sempre carnal, quanto muito a excitação de uma fase melhor em termos sociais ou financeiros.
Daqui guardamos breves recordações. Disto ou daquilo.
Mas há um dia em que todo este raciocínio muda.
O nosso umbigo deixa de importar. Passamos a pensar num outro, que serve para um ser ganhar forma, peso, para os seus órgãos serem gerados, para o coração bombear sangue pelas artérias, para no dia em que sai do ventre abrir os olhos e olhar para nós.
A partir daqui nós mudamos.
O mundo muda.
Ficamos com o coração encharcado, queremos ouvir o rir e o chorar.
Ansiamos pelo acordar e pelo deitar.
Pelos suspiros de excitação e de sossego.
A partir daqui, a memória muda.
Lembramo-nos de cada dia integralmente, de cada 24 horas certas, de cada sol e lua.
Fica tudo guardado nas cabeças que outrora estavam cheias de vazio.
Porque o que importa são estes olhos e boca, mãos e pés pequeninas que todas as manhãs está a contar acordar bem junto a nós, à espera de ser inundado com o nosso amor.
A nossa vida mudou.
E por este ser amo-a muito, mas não a amo mais do que a ele.


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