quarta-feira, março 17, 2010

Ela, por Ele.


Hoje recebi este presente.
Talvez um dos mais bonitos de sempre.
Obrigada por todas estas palavras.
Pelo amor genuíno, acima de tudo!


"Traz sempre o mar nos olhos.
Estes fascinam de brilho mesmo que o sol não lhes toque.
Basta uma florzinha no passeio, um menino a brincar no jardim ou um passarinho pousado na varanda.
Ou um velhinho sentado sozinho num banco de pedra ali, logo ali, no meio da rua.
Se estes olhos são uma pintura a lápis, facilmente se tornam aguarelas.
Vive cada batida do coração do seu jeito.
Não exalta o que sente por dentro como quem põe tudo o que tem numa montra de uma loja no centro da cidade. Saboreia as sensações interiormente. Espreme o sumo da laranja, sente-o no paladar e, só depois, o elogia. Não o eleva ao topo antes de o beber.
É como um mistério, o que vai ali dentro.
Ela é discreta em tudo.
Na generosidade e humildade. Na inteligência e sabedoria. Na amiga fiel e rectidão com as pessoas. Em tudo o que é e que representa.
Tem o olfacto mais apurado do mundo.
Talvez por isso os aromas lhe despertam a mente e a levem para outros mundos. De praias desertas a citadinas multidões, do branco ao cinzento, do perto ao longe.
Tal e qual como os sons.
Há vozes do além que regressam aos seus ouvidos, umas estridentes, outras roucas.
Há teclas de piano clássico e riffs de guitarra rock dispersas.
Há sons no ar e ela viaja neles. E através deles conhece os pólos e o equador.
A família é um tesouro.
Está-lhe ligada nas veias, nos músculos e nos ossos. Os seus pulmões respiram-na e a sua aura protege-a. Sempre.
Ela é apaixonada pela vida, seja ela como for. É apaixonada pelo bom humano. Pela Natureza e pelos animais. Por quem carrega a bondade e a simplicidade. Por quem não é melhor porque não pode ou não consegue.
Ela traz consigo o amor, o amor verdadeiro. Sem artifícios ou metáforas. Letras ou números. Sem forma ou tamanho.
Traz consigo dois corações. Um ainda muito pequenino, mas que já bate com muita força e vontade de vir cá para fora abraça-la. Abraça-los.

Se estes olhos são uma pintura a lápis, facilmente se tornam aguarelas.

4 comentários:

Gil Von Doellinger disse...

Sublime

Quelarinha disse...

Antes de mais, mil desculpas... sei que é um texto privado, mas uma vez partilhado não posso deixar de o comentar. Valter, pelas tuas palavras e pela sinceridade que nelas transparece, e acima de tudo, pelo amor com que as escreveste, os meus parabéns. Teresinha, apesar de te conhecer faz pouco tempo, sou incapaz de contrariar uma única palavra deste texto. Tudo o que conheço de ti, o pouco que conheço, vejo uma pessoa verdadeira... genuína... com valores e pequenos prazeres da vida, hoje tão descurados por tanta gente.
Aos dois, ou melhor, aos três, as maiores felicidades do mundo. E digo isto com toda a sinceridade do mundo... vocês realmente merecem ser felizes... têm o dom de saberem ser felizes.

Beijinhos da vizinha Clara

Teresa Domingues disse...

Muito obrigada Clarinha e Gil.
Um beijinho com muiiito carinho para os 2.
:)

Anónimo disse...

Este texto descreve-te na perfeição!!
É um orgulho para mim ter-te como amiga.
Esse menino?
Estou ansiosa por pegar nele! :)
Mil beijos.
Lia